Vitae Professionals

Uma coisa que parece tão simples e sem grande ciência pode, facilmente, tornar-se numa dor de cabeça. A construção de um CV apelativo, poderoso e distintivo pode ser uma dessas situações.

 

Um bom currículo implica que sejam apresentados alguns fatores chave e de cariz diferenciador, para que os empregadores possam, sem margem para dúvidas, chegar à conclusão do porquê de preferirem um candidato a outro.

 

Ou seja, podes estar a um passo de conseguir o emprego da tua vida, mas acabas por ficar para trás, em detrimento de alguém que se mostrou mais interessante e marcou a diferença em algum pormenor do seu CV.  

 

 

 

 

Nem sempre é fácil ser criativo. Até porque o CV é uma estrutura que nem sempre permite que o sejamos. Podes encontrar imensos modelos de CV na internet. No entanto, a questão que se impõe é: qual deles escolher, de que forma melhorar, como podes dar o teu cunho pessoal e, claro, qual deles te poderá ‘vender’ melhor. Afinal, o CV é um instrumento de marketing pessoal. É aquele que te vai dar acesso a um primeiro contacto com o empregador e, consequentemente, falar de ti e permitir que a pessoa em questão se interesse pelo teu perfil.

 

Antes de continuarmos com algumas dicas para construíres um currículo poderoso, há uma coisa importante que deves saber: o menos pode ser mais, é verdade. Mas o mais simplista nem sempre resulta. Por exemplo, muitos utilizam o modelo Europass (currículo europeu) mas, dado que cada pessoa tem o seu percurso pessoal e profissional, com experiências variadas, acaba por ser uma versão demasiado redutora e que pode não evidenciar o teu perfil como gostarias.

 

Contudo, há também o reverso da moeda: consoante a finalidade e o cargo para o qual te candidatas, não será necessário “despejar” uma quantidade enorme de informação que, muito provavelmente, o empregador não vai ler e pode até, à partida, excluir o teu currículo. O ideal é encontrar um equilíbrio entre estas duas versões, não passando muito das 2 páginas, condicionando neste espaço as experiências pessoais e profissionais mais relevantes para a função/cargo a que estás a concorrer. Conta a tua história de uma forma objetiva, mas, ao mesmo tempo, interessante.  

 

 

Por onde começar? 

 

Vamos ao que importa, de forma mais concreta. Que informações são obrigatórias num CV? Estas, com toda a certeza, não podem faltar:  

 

1 – Os teus dados pessoais: nome, contatos (telefone, telemóvel e email), nacionalidade, morada. Dado que vivemos na era do digital e social media, pode ser pertinente colocar um link para as tuas redes sociais. Podes e deves privilegiar aquela que é mais profissional – o Linkedin.  

 

2 – Percurso Académico: ou seja, mencionar o teu grau de ensino e a tua área de formação, bem como do estabelecimento de ensino onde procedeste aos teus estudos. Ao contrário do que muitas vezes fazemos, a ordem de apresentação é do mais recente para o mais antigo. Por exemplo, se és mestre deves, primeiramente, mencionar o mestrado e só depois a licenciatura. O percurso mais relevante/elevado é aquele que surge sempre em primeiro lugar.  

 

3 – Experiência profissional: na mesma lógica do percurso académico, por questões de pertinência, ou seja, da mais recente para a mais antiga. Em cada uma das experiências profissionais mencionadas é importante descreveres as tuas funções/responsabilidades e por quanto tempo te mantiveste na empresa em questão. 

 

 

 

 

 

Onde me posso destacar?  

 

É claro que a experiência profissional conta imenso para as empresas. No entanto, o teu perfil pode destacar-se por outras coisas que nem sonhavas serem importantes e que estão fora do âmbito da profissão em si mesma. Por vezes, a tua experiência pessoal e percurso de vida contam na mesma proporção do percurso profissional. Um exemplo simples: a tua ligação ao associativismo, a performance como representante de turma ou a tua passagem pelo escutismo podem evidenciar uma forte capacidade de tomar iniciativa e liderar.

 

Estas questões são a última parte do currículo e intitulam-se de “Outras atividades e interesses pessoais”: pequenos negócios que já desenvolveste, se fizeste Erasmus ou já viveste noutros países, voluntariado, desporto, hobbies. Este pode ser o ponto diferenciador. A experiência profissional pode ser idêntica ou similar em 100 candidatos e um deles se destacar aqui, numa das suas experiências mais pessoais. Coisas que, por vezes, podem parecer desinteressantes, mas que merecem destaque por constituírem uma forma de ganhar pontos extra.

 

Mas atenção que, para começares com o pé direito, é extremamente importante que a relação de confiança com o empregador comece logo no teu CV. Logo, é um bom começo se não mentires nem colocares informações falsas em nenhuma das secções. Na entrevista o empregador pode querer desenvolver alguns tópicos do CV e, se as informações não forem as corretas, podes ficar em maus lençóis.  

 

 

 

 

 

Resumindo, e como já tínhamos mencionado, o CV é um documento de marketing sobre ti, tu és o produto que queres vender. É uma espécie de pequena reunião que fazes com o possível empregador, ainda antes da derradeira entrevista. Em suma, uma porta de entrada para essa mesma entrevista.  

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